Egito recebe primeiro-ministro de Israel no país pela primeira vez em dez anos

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, em encontro com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, no dia 13 de setembro de 2021.

O presidente do Egito Abdel Fatah al Sisi recebeu o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett em seu país na última segunda-feira(13). Está foi a primeira vez em 10 anos que um encontro deste tipo ocorre em solo egípcio. Bennett e Sisi se encontraram em Sharm el Sheikh, no Mar Vermelho.

As autoridades do país árabe querem “reativar as conversas de paz” entre israelenses e palestinos. No mês de maio, Cairo intercedeu para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas depois de uma tensa escalada nos conflitos.

Após a reunião, Bennett agradeceu o papel do Egito na manutenção da estabilidade na região. Os dois países possuem relações diplomáticas desde 1979.

Durante o encontro, Cairo e Jerusalém falaram sobre outros importantes temas na região como a tensão entre Egito e Etiópia, a relação com a Turquia e a ameaça de grupos jihadistas na região.

As relações entre os dois países se tornaram mais próximas nos últimos anos, principalmente por conta dos Acordos de Abraão e da relação entre os israelenses e a administração Biden nos Estados Unidos. O governo democrata já demonstrou ceticismo em relação a regimes que violam os direitos humanos e quer a ajuda dos israelenses para que Washington não reduza a sua ajuda financeira.

Acordos de Abraão

Os acordos entre Israel e quatro países árabes, que completaram um ano recentemente, foi celebrado na ONU com embaixadores de Israel, Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. O Sudão também normalizou relações com Israel, mas não enviou representantes ao evento.

Os Estados Unidos marcaram presença na celebração, mas não olham para o acordo da mesma forma que olhavam quando o republicano Donald Trump estava no poder. A administração Biden também não gosta de chamar a normalização das relações de Acordos de Abraão para não dar palanque ao governo republicano que se encerrou em janeiro deste ano.

Em meio à crise no Afeganistão e a retirada das tropas americanas do país, as nações envolvidas no acordo sentem que, de fato, precisam se unir para combater os inimigos em comum, principalmente o Irã.

Com a China em seu radar na política externa e a fadiga da saída do Afeganistão, o presidente Joe Biden não está tão interessado em reforçar as relações bilaterais entre os países do acordo. Contudo, um ano após a sua execução, os Acordos de Abraão devem ficar mais fortes e um pouco mais independentes.

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