Oito dicas de leitura sobre Israel

O Instituto Brasil-Israel fez um compilado de suas dicas de leitura nos últimos meses. 
Confira os títulos selecionado por nossos colaboradores. 

Minha Terra Prometida
Autor: Ari Shavit
Editora: Três Estrelas

Best-seller nos EUA, “Minha terra prometida” é uma fascinante história de Israel, contada a partir de dezesseis datas cruciais da construção do Estado judeu e centrada principalmente na dimensão humana dos fatos. No início, encontramos um sionista britânico que visitou a Terra Santa em 1897 e entendeu que estava ali o caminho do futuro para o seu povo. 

A seguir, descobrimos um jovem agricultor judeu que, nos anos 1920, ajudou a expandir a economia na região. Na década de 1940, somos apresentados ao líder de um grupo que fez das ruínas de Massada um símbolo para o sionismo. Em seguida, conhecemos a história de um palestino que foi vítima das expulsões promovidas pelo Exército israelense em Lida, em 1948 – episódio brutal que o jornalista Ari Shavit qualifica como a “caixa-preta” de Israel. 

A chegada dos órfãos do Holocausto ao país, o programa nuclear israelense nos anos 1960, os religiosos que começaram o movimento dos colonos na década de 1970 e a vida atual em Israel ocupam as páginas seguintes do livro.
(resenha Livraria da Folha)

Como Curar um Fanático
Autor: Amós Oz
Editora: Cia das Letras 

O romancista Amós Oz cresceu na Jerusalém dividida pela guerra, testemunhando em primeira mão as consequências perniciosas do fanatismo. Em dois ensaios concisos e poderosos, o autor oferece uma visão única sobre a natureza do extremismo e propõe uma aproximação respeitosa e ponderada para solucionar o conflito entre Israel e Palestina. Ao final do livro há ainda uma contextualização ampla envolvendo a retirada de Israel da Faixa de Gaza, a morte de Yasser Arafat e a Guerra do Iraque.

A brilhante clareza desses ensaios, ao lado do senso de humor único do autor para iluminar questões graves, confere novo fôlego a esse antigo debate. Oz argumenta que o conflito entre Israel e Palestina não é uma guerra entre religiões, culturas ou mesmo tradições, mas, acima de tudo, uma disputa por território – e ela não será resolvida com maior compreensão, apenas com um doloroso compromisso. 

Não se trata, argumenta Oz, de uma luta maniqueísta entre certo e errado, mas de uma tragédia no sentido mais antigo e preciso do termo: uma batalha entre o certo e o certo. 

Sem temer a polêmica, o livro apresenta argumentos precisos favoráveis a uma solução que acomoda dois estados nacionais diferentes e também realiza um diagnóstico sutil sobre a natureza do fanatismo, calcada na predominância dos sentimentos sobre a reflexão.

Esclarecedor e inspirado, Como curar um fanático é uma voz de sanidade em meio à cacofonia das relações entre Israel e Palestina – voz que ninguém pode se dar ao luxo de ignorar.

(resenha da Cia das Letras)

Eichmann em Jerusalém 
Autor: Hannah Arendt
Editora: Cia das Letras 

Em 1960, seqüestrado num subúrbio de Buenos Aires por um comando israelense, Adolf Eichmann é levado para Jerusalém, para o que deveria ser o maior julgamento de um carrasco nazista depois do tribunal de Nuremberg. Mas, durante o processo, em vez do monstro sanguinário que todos esperavam ver, surge um funcionário medíocre, um arrivista incapaz de refletir sobre seus atos ou de fugir aos clichês burocráticos. É justamente aí que o olhar lúcido de Hannah Arendt descobre a “banalidade do mal”, ameaça maior às sociedades democráticas. Numa mescla brilhante de jornalismo político e reflexão filosófica, Arendt investiga questões sempre atuais, como a capacidade do Estado de transformar o exercício da violência homicida em mero cumprimento de metas e organogramas. (Resenha: Cia das Letras)

Tirando os sapatos
Autores: Nilton Bonder e Tania Menai 
Editora: Rocco 

Das ruínas de Haran, na Turquia, até Hebron, na Cisjordânia, local do túmulo de Abraão, 23 representantes de diferentes países e religiões realizaram uma viagem cultural e espiritual refazendo os 1.200 km da peregrinação de fé empreendida há cerca de quatro mil anos por este patriarca. O rabino Nilton Bonder, autor dos sucessos A alma imoral e O sagrado, foi um destes convidados da Universidade de Harvard para participar do Caminho de Abraão, projeto que visa refazer a jornada deste importante personagem histórico. Em Tirando os sapatos, Bonder traz às mãos do leitor brasileiro os primeiros relatos sobre essa experiência enriquecedora. 

Neste misto de diário de viagens com relato espiritual, o autor tira os sapatos – e com ele seus preconceitos – para descrever suas impressões dos locais por que passou e da convivência com o eclético grupo com que conviveu, e mostrar suas etapas de estranhamento ao se defrontar, durante a caminhada, com diferentes significados que a trajetória de Abraão tem para as três religiões monoteístas – judaísmo, catolicismo e islamismo. E assim, com os pés no chão, Nilton Bonder ensina uma preciosa lição: mais importante que o destino da viagem é o caminho percorrido. (Resenha Livraria Saraiva)

A Vida e os valores do povo Judeu
Organizador: Jacob Guinsburg

Reunindo alguns dos nomes mais expressivos da pesquisa acadêmica judaica num de seus centros mais ativos, que é o da Universidade Hebraica de Jerusalém, esta coletânea de estudos é, por sua qualidade de pesquisa e interpretação, um livro de consulta quase obrigatório para o estudante e o pesquisador do assunto. (Resenha: Livraria da Travessa)

Exodus
Autor: Leon Uris 

“Exodus” consagrou-se como um dos maiores fenômenos literários do século XX, com milhões de exemplares vendidos nos mais de 50 países onde foi lançado desde sua publicação em 1958. Neste romance épico, o escrito Leon Uris narra a saga do povo judeu rumo à conquista de um Estado próprio. Um sonho acalentado por milênios e que só se concretizou depois de muita luta e sofrimento.(Resenha: Livraria da Travessa)


Israel- Uma História 
Autora: Anita Shapira
Editora: Paz & Terra

Uma das mais notáveis historiadoras da atualidade, Anita Shapira é a fundadora do Centro Yitzhak Rabin para Estudos sobre Israel. Sua bagagem no tema a credencia para escrever aquele que é um dos mais definitivos e abrangentes relatos sobre a história do sionismo. Em “Israel – Uma história”, que chega às livrarias em junho pela Paz e Terra, a autora apresenta, de maneira empolgante, numa narrativa organizada cronologicamente, o surgimento do sionismo na Europa, no contexto das relações entre judeus, árabes, turcos e outros setores da Palestina sob o domínio otomano.

O livro é uma grande análise sobre a história econômica, social e cultural de Israel. No texto, Anita não se limita a falar de guerras e conflitos, mas comenta também os motivos que levaram a essas guerras, fatos ocorridos em tempos de paz e alicerces culturais e ideológicos que permitiram a criação do Estado de Israel. Ela analisa ainda de forma profunda os desafios de construção da nação israelense, incluindo a imigração em massa, a modificação dos hábitos culturais, a política de guerra, a diplomacia mundial e a criação de instituições democráticas e de uma sociedade civil.

A autora não se esquiva de questões polêmicas – como a destruição dos vilarejos árabes conquistados durante a guerra de 1948-1949 – e humaniza a história por meio de referências a diários, memórias e literatura. O relato começa com o surgimento do movimento sionista, ainda no século 19, e vai até os anos 2000. Ao longo da narrativa, Anita utiliza mapas para ilustrar melhor as movimentações para o leitor. No fim do livro, deixa a sugestão de uma vasta bibliografia complementar para quem quiser se aprofundar ainda mais no tema. (Resenha editora Paz e Terra)

Israel em abril
Autor: Erico Veríssimo
Editora: Cia das Letras. 

Neste texto prazeroso, leve e de notável atualidade, Erico Verissimo se indaga sobre as raízes, a história e o destino dos judeus e do judaísmo. Para ele, a fundação do Estado de Israel teria sido o início de uma era de paz para a humanidade. Escrito em forma de diário, Verissimo convida o leitor a viajar com ele como se estivesse metido em sua pele.

O roteiro da viagem, na companhia da esposa Mafalda, inclui visitas a diversas cidades e vilarejos, kibbutzim, personalidades, amigos, universidades e museus. Refletindo constantemente sobre o que vê, Verissimo antecipa uma das questões centrais do semitismo pós-Israel: será que agora o judaísmo deixará de ser uma cultura para virar uma civilização – destinada, como toda civilização, a um período do inverno, da velhice e da morte? Será que uma eventual decadência da civilização do novo Estado sionista […] vai matar a cultura judaica? Erico aposta que não, convencido de que a diáspora judaica nunca deixará de existir.

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