“É importante que a USP seja uma trincheira contra discursos de ódio”, diz Gilson Schwartz em evento apoiado pelo IBI

Com apoio do Instituto Brasil-Israel (IBI), a USP realizou, no dia 30 de novembro, o seminário “Conflitos Globais, Jornalismos Locais: Fronteiras e Desafios na Geopolítica da Opinião Pública”, parte do VI Festival Games For Change. O evento, realizado no auditório do Instituto de Relações Internacionais contou com a participação de jornalistas como Jaime Spitzcovsky e Vinícius Mota, ambos da Folha de São Paulo, Roxane Ré, do Jornal e Rádio USP e Mario Vitor Santos, diretor da Casa do Saber, entre outros.

Segundo o professor Gilson Schwartz, da Cidade do Conhecimento/USP, um dos organizadores, o evento demonstrou sua importância ao envolver a memória de grandes jornalistas na história da imprensa brasileira ao mesmo tempo em que reforçou a universidade como espaço plural e aberto ao debate. “Especificamente em relação os conflitos no Oriente Médio, é importante que a USP seja um espaço livre, aberto e plural, onde predomine a diversidade em oposição ao sectarismo, e uma importante trincheira contra os discursos de ódio, de racismo, de violência que têm se tornado tão frequentes não só no Brasil, mas em todo o mundo. Foi um seminário que teve como grande qualidade a discussão da paz de forma pacífica”, afirmou Schwartz.

Durante a abertura do seminário, o presidente do IBI, David Diesendruck, ressaltou a importância da atuação do instituto num cenário de polarizações, narrativas maniqueístas e de retorno do antissemitismo na Europa e seu crescimento nos EUA, revelado em pesquisas recentes. “Os temas de hoje – jornalismo, cobertura dos conflitos do Oriente Médio, apuração, fake news – nos são especialmente caros”, afirmou Diesendruck. “O IBI se propõe a expor a complexidade do assunto, abrindo caminho para o diálogo e pluralidade de opiniões. Ideias de que o conflito entre israelenses e palestinos seja o da civilização contra a barbárie ou o resultado do ‘imperialismo’, com opressores e oprimidos, apenas reforçam estereótipos. Precisamos superar a noção de que a sobrevivência de um povo depende da derrota do outro”, explicou.


David Diesendruck, do IBI, durante abertura da conferência

A conferência teve quatro mesas: Fake News, Segurança e Seguridade: esfera pública global e imprensa livre na era do medo e da exclusão; Cobertura e Conflito no Oriente Médio: acesso à informação e veracidade; A notícia que virou jogo e a memória social: memes, games, séries e ícones e a disputa entre narrativas nas redes sociais; além de uma homenagem aos jornalistas Samuel Wainer, Alberto Dines e Otavio Frias Filho.

O seminário precedeu uma feira de jogos novos, usados e protótipos e oficinas em espaços como a Etec Parque da Juventude, na PUC-SP (campus Consolação) e na Escola de Comunicações e Artes da USP.

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