Encontro entre Bolsonaro e Beatrix von Storch é afronta ao espírito da Constituição democrática do Brasil, diz Coordenador Executivo do IBI

A deputada alemã Beatrix von Storch, vice-líder do partido de ultradireita AfD durante encontro com o presidente Jair Bolsonaro.

Beatrix von Storch, vice-líder do partido AfD (Alternativa para Alemanha), esteve com o presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (22). O Coordenador Executivo do IBI, Rafael Kruchin, assinou uma nota sobre o encontro, que foi destaque em diversos meios de comunicação, como a Coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o jornal alemão Deutsche Welle e o Pledge Times.

Confira a nota na íntegra:

O presidente Jair Bolsonaro recebeu Beatrix von Storch, líder do partido de extrema-direita AfD da Alemanha, para uma reunião no palácio presidencial. Antes, os deputados Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis, do PSL, haviam recebido a parlamentar alemã.

A AfD, fundada em 2013, cultiva tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração. Em março deste ano, a agência de inteligência da Alemanha colocou o partido em vigilância depois que o serviço secreto identificou uma série de violações da democracia e dos valores constitucionais do país.

O sentido sectário do encontro fica mais claro pelo fato de tanto o Brasil quanto a Alemanha estarem enfrentando tragédias e nenhum dos lados ter sequer se referido a isso.

O fato de Beatrix von Storch se ausentar da Alemanha quando se contam as vítimas das enchentes e viajar por um país isolado internacionalmente a esta altura, como o Brasil, mostra a irrelevância de seu partido e a busca desesperada por qualquer legitimação internacional.

Ao contrário de uma união dos conservadores do mundo para defender os valores cristãos e a família, como sugeriu Bia Kicis, esses encontros estão mais para união de políticos de extrema-direita irrelevantes no cenário global. Um abraço de náufragos.

O Instituto Brasil Israel (IBI) repudia veementemente estes encontros, que representam um revés nos esforços de construção de uma memória coletiva do Holocausto e uma afronta à letra a ao espírito da Constituição democrática do Brasil.

Rafael Kruchin, coordenador-executivo do IBI

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