IBI realiza debate “Quebrando o tabu sobre Israel”

O IBI promoveu na quarta-feira, dia 10, o debate “Quebrando o tabu sobre Israel – dentro e fora da comunidade judaica” com a participação de Guilherme Melles, administrador da página Quebrando o Tabu, a estudante de psicologia Alexandra Nigri e o professor Michel Gherman. 

A conversa, que aconteceu na Bnai Brith em São Paulo, contou com um público de aproximadamente 150 pessoas e abordou temas como sionismo, mídia, estereótipos, preconceitos e os grandes tabus que aparecem quando o assunto tratado é Israel. 

O historiador Michel Gherman abriu o evento falando sobre os tabus internos e externos que acometem a comunidade judaica. Em seguida, a estudante de psicologia Alexandra Nigri fez um relato pessoal sobre sua trajetória dentro da comunidade – como ex-estudante da escola Beit Yacov e ex-integrante de movimentos juvenis como Netzah e Bnei Akiva, e atualmente parte do Jovens Sem Fronteiras. Falou sobre como o sionismo esteve presente em sua educação e como se surpreendeu ao perceber que fora da comunidade – em ambientes como o cursinho e a faculdade – as pessoas desconhecem o tema. “Foi muito estranho para mim perceber que sionismo era algo que não fazia parte da vida das pessoas. Para mim sempre foi algo dado, sem muito questionamento”, disse. Alexandra também relatou um episódio em que foi visitar, com seus colegas de faculdade, uma ocupação do MTST chamada “Nova Palestina”: “eu estava muito interessada em observar a reação dos meus colegas e nem sei o que eles falariam se soubesse que eu era sionista”, disse. 


Já Guilherme Melles abriu sua fala fazendo uma breve apresentação do que é e de como nasceu a página Quebrando o Tabu – que hoje conta com 8,5 milhões de seguidores no Facebook – e revelou que tinha uma visão estereotipada não só de Israel, mas sobre os judeus em geral, antes de viajar ao país, a convite do IBI. “O primeiro tabu que eu quebrei sobre Israel foi perceber que é um país como outro qualquer. E que existem judeus de vários tipos: judeus negros, brancos, de diferentes classes sociais, de diferentes opiniões políticas”. O comunicador também afirmou que acredita que a permanência e continuidade do conflito israelo-palestino, muitas vezes, é algo que está mais presente na cabeça das pessoas do que na realidade. “É claro que morreram muitas pessoas. Que atentados aconteceram. Mas o uso do medo faz com que esse conflito se perpetue”, explicou. Guilherme também afirmou que antes da viagem seu conhecimento sobre o conflito era bem pequeno e que muitas vezes associava a imagem do judeu com correntes conservadoras politicamente. “Acho que para mudar isso vocês, jovens judeus, devem se mobilizar e mostrar como existem outras correntes de pensamento”. 

Por fim, o professor Michel Gherman lembrou que não existe um único sionismo “É sempre importante falarmos em sionismo no plural. E é preciso saber que não importa que tipo de sionista que você seja, ninguém deve lhe dizer que você é mais ou menos sionista. Como judeus devemos receber todos à nossa mesa. Acolher o diferente. Isso é a judeidade”. 

Confira a transmissão ao vivo realizada pelo Facebook do IBI

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