Na noite de quarta-feira, dia 11/12, o vereador Daniel Annenberg, do PSDB, foi chamado de “judeu filho da puta” por Adilson Amadeu, seu colega do DEM.
Experiências como essas são compartilhadas por vítimas de racismo há gerações. Como se não bastasse a gravidade de chamar alguém de “filho da puta”, é preciso ainda reforçar a agressão, trazendo à tona a origem étnica e racial que pode ser, na visão do agressor, também uma forma de ofensa.
A colocação de Amadeu é um clássico do antissemitismo mais tradicional. Mas por que isso apareceu agora? Ora, porque discursos de ódios não ficam apenas na televisão, eles descem para a vida.
Por isso, devemos repudiar a fala do vereador e entender que ela não é um mero acaso. Ela vem junto da violência que atravessa nossos tempos e nos distancia cada vez mais de valores democráticos, colocando no mesmo lugar os negros, os LGBT, as mulheres, os índios, os umbandistas, os judeus e outras tantas minorias.
E por isso devemos nos manifestar. Por todos nós. Antes que seja tarde.