Instituto Brasil-Israel lança “Guia contra o antissemitismo”

ACESSE AQUI O GUIA CONTRA O ANTISSEMITISMO
No Dia Internacional contra o Fascismo e o Antissemitismo, 9 de novembro, entidade disponibiliza para toda a sociedade brasileira material que aprofunda o tema em tempos de crescentes demonstrações de ódio aos judeus

Se o mundo já experimentava um preocupante aumento no número de casos de antissemitismo, o atual conflito entre Israel e Hamas, iniciado após brutal ataque do grupo terrorista no dia 7 de outubro, já dá sinais claros de que há risco exponencial de casos de ódio contra judeus multiplicarem em todo o mundo. O momento exige que o tema seja debatido, explorado e bem compreendido por toda a sociedade. Esse é, justamente, o objetivo do Instituto Brasil-Israel (IBI) com o lançamento do “Guia contra o Antissemitismo”, às vésperas do Dia Internacional contra o Fascismo e o Antissemitismo, lembrado em 9 de novembro. O material, disponibilizado nas versões impressa e digital, traz com linguagem simples as definições sobre antissemitismo, sua história dos primórdios até os dias de hoje, a perspectiva antissemita nacional, além de casos históricos e atuais ocorridos no Brasil e orientações para quem se deparar com algum caso de antissemitismo.

“Casos de antissemitismo têm se multiplicado, inclusive aqui no Brasil, onde, infelizmente, grande parte da sociedade tem pouca ou nenhuma informação sobre o assunto. As manifestações antissemitas já estavam crescendo, com a disseminação de grupos supremacistas e neonazistas, e a preocupação cresce com outras vertentes do antissemitismo, como a falsa ideia de que judeus são responsáveis por decisões tomadas pelo governo de Israel, por exemplo. Há urgência e necessidade de se falar a esse respeito de maneira clara com todas as pessoas, e o guia produzido pela entidade pode cumprir essa missão de modo didático, explicando o que é o ódio aos judeus em suas diferentes formas e também como combater esse crime”, ressalta Morris Kachani, diretor executivo do IBI. 

Para Ruth Goldberg, presidente do IBI, o guia também pode ser considerado um convite, uma oportunidade para um debate qualificado sobre o tema. “Partimos do princípio de que nenhuma forma de discriminação é justificável, e uma sociedade saudável deve enfrentar o preconceito de maneira consistente. A luta contra o antissemitismo é a mesma que combate o racismo, a LGBTQIA+fobia, a xenofobia, a intolerância religiosa e tantas outras, contra o ódio, o preconceito e a ignorância”.

Números preocupantes

Os números mostram que esse tipo de crime está em franca e preocupante expansão. Em 2022, nos Estados Unidos, houve um aumento de 36% de casos. Num estudo mais amplo, de 2021, pesquisadores da universidade de Tel Aviv, em Israel, apontaram que houve ‘aumento dramático’ desses casos em praticamente todos os países que têm uma população judaica expressiva. Quase um mês depois do início do conflito entre Israel e o Hamas, já foram noticiados casos de perseguição, ameaças e outros tipos de violência contra judeus em várias regiões.

Aqui no Brasil, somente a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro registrou 87 relatos de crimes de racismo e xenofobia contra a comunidade judaica depois do início da guerra. Antes do mês de outubro, a média era 3,5 casos por mês.

“Em cada país, o antissemitismo se manifesta de uma maneira distinta, mas suas bases são as mesmas. Normalmente, aparece em ofensas direcionadas a uma pessoa ou aos judeus como grupo, seja com acusações, difamações, seja com discursos de incitação ao ódio em manifestações públicas, redes sociais, sites, plataformas de comunicação e portais de notícias, ou ainda em pichações de símbolos nazistas em espaços públicos e privados, além de violência física, agressões verbais, cerceamento de direitos, assassinatos e perseguições motivadas. Nesse conjunto, também não podemos esquecer de ataques por meio de charges, supostas piadas, deboches e insinuações corriqueiras. Estas, aliás, são formas de antissemitismo muitas vezes blindadas sob o pretexto de liberdade de expressão”, alerta Ruth.

Mais recentemente, por conta do conflito envolvendo Israel e o grupo terrorista Hamas, tem se tornado comum que grupos críticos de Israel cobrem de judeus, em seus respectivos países, posicionamento frente às ações do governo israelense. “Por ignorância ou não, esta é, certamente, uma postura antissemita. Judeu nenhum deve ser cobrado, muito menos boicotado, atacado ou insultado por ações sobre as quais não tem quase nenhuma influência. Atacar os judeus brasileiros por ações do Estado de Israel é, inclusive, evocar o antissemitismo nacionalista que nasceu no século XIX e que se espalhou num terror que o mundo todo conheceu”, concluiu a presidente do IBI.

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